sexta-feira, 11 de julho de 2014

Julgamento de suspeitos de torturar e matar professora é adiado

O adiamento aconteceu porque a Defensoria Pública alegou não ter tido acesso aos autos do processo. A vítima foi assassinada no dia dia 4 de fevereiro de 2011 em terreiro clandestino no Cordeiro.


O julgamento dos suspeitos de torturar e matar a professora da rede estadual Maria Iracy Tavares de Moraes, na época com 51 anos, foi adiado para o dia 25 de setembro. O adiamento aconteceu porque a Defensoria Pública alegou não ter tido acesso aos autos do processo. O crime aconteceu no dia 4 de fevereiro de 2011 em terreiro clandestino Axé Ilê Maria Padilha, localizado à rua Professor Evaldo Altino, 532 no Cordeiro, Zona Oeste do Recife. 
O crime estava sendo julgado na manhã desta quinta (10). Os réus do julgamento são o pai de santo Paulo Vítor de Araújo Gomes, 44 anos, a ialorixá Elizabeth de Lima Santos, 44, o filho de santo Ailton Félix da Silva, 45, Severina Maria de Lima Gonzaga, 44, Maria Vitória Trajano da Silva, 58, e Alexandre Jorge de Amorim Pereira, 42. O assassinato, motivado por questões financeiras, aconteceu com requintes de crueldade, no terreiro próximo ao local onde a professora morava há dois anos. 
Segundo as investigações, o  mentor do crime teria sido o pai de santo Paulo Vítor, proprietário docentro. O grupo denunciado pelo Ministério Público de Pernambuco (MPPE) vivia da renda da vítima, que era ludibriada por Elizabeth Santos e teria obrigado Maria Iracy a vender uma casa no valor de R$ 40 mil, um veículo, contrair empréstimo de mais R$ 30 mil e destinar todo esse dinheiro à própria Elizabeth.
A professora teria sido torturada por Ailton Félix, Elizabeth Santos e Maria Vitória no dia 3 de fevereiro de 2011, queimando-a e ameaçando-a de morte. No dia seguinte, por volta das 12h, os denunciados colocaram um tipo de soro na veia da vítima, que acabou falecendo minutos depois. Em seguida, Paulo Vitor ordenou a Ailton que colocasse o corpo da vítima em um saco de náilon e o levasse para o Surubim, na companhia de Elizabeth e Severina. 
O corpo da Maria Iracy foi esquartejado e escondido em no Sítio Desterro, em Surubim, no dia de fevereiro, por volta da meia-noite, Paulo Vitor, Elizabeth Santos, Ailton Félix, Severina Gonzaga e Alexandre Jorge. Segundo o MPPE, os réus, Paulo Vitor, Elizabeth Santos, Ailton Félix e Maria Vitória vão responder pelos crimes de homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver. Já Severina Gonzaga e Alexandre Jorge responderão pelo crime de ocultação de cadáver.

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