quinta-feira, 20 de março de 2014

Justiça concede liberdade aos PMs presos por arrastar mulher no Rio

Juíza da Auditoria da Justiça Militar concordou com parecer do MP.
Os três policiais, que já somam 16 mortes, vão responder em liberdade.



Policiais chegam para prestar depoimento na 29ª DP (Madureira) (Foto: Ale Silva/ Futura Press/ Estadão Conteúdo)

Os três policiais militares que estavam no carro da PM que arrastou Cláudia Silva Ferreira após ela ser baleada durante operação policial no Morro da Congonha, Subúrbio do Rio, tiveram liberdade concedida pela Justiça Militar nesta quinta-feira (20). O alvará de soltura foi expedido nesta tarde em concordância ao parecer do Ministério Público Militar para que o trio responda em liberdade.

O Ministério Público Militar, por meio de um de seus promotores, concordou com o pedido de liberdade dos três policiais que estavam no carro que arrastou Cláudia. Os subtenentes Alex Sandro da Silva Alves, Rodney Miguel Archanjo e Adir Serrano Machado foram presos na segunda-feira (17). De acordo com a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária, até o fim da tarde desta quinta-feira (20) os três permaneciam na Cadeia Pública Pedrolino Werling de Oliveira, localizada no Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, Zona Oeste da cidade.
Policiais somam 16 homicídios
Dois dos três policiais militares que estão presos por terem arrastado no domingo (16) por cerca de 350 metros a auxiliar de serviços gerais Claudia Silva Ferreira, de 38 anos, possuem registros de homicídio decorrente de intervenção policial. A informação foi divulgada pela Polícia Civil nesta quarta-feira (19). O subtenente Adir Serrano Machado consta como autor em 13 homicídios, já o subtenente Rodney Miguel Archanjo possui três registros de homicídio e o sargento Alex Sandro da Silva Alves não possui nenhum registro como autor.

Os três policiais militares, que estão presos em Bangu 8, chegaram para prestar novo depoimento às 16h20 desta quarta-feira na 29º DP (Madureira). Eles entraram na delegacia escoltados por outros policiais e não deram entrevista.
Os três também são investigados pela Corregedoria da PM. Cláudia foi baleada durante uma ação dos policiais na comunidade e, ao ser levada para o Hospital Carlos Chagas, foi arrastada por 350 metros ao ficar pendurada pela roupa no carro da PM. O primeiro depoimento dos PMs foi realizado no domingo (16), antes de as imagens da mulher sendo arrastada no asfalto serem divulgadas pelo jornal Extra.

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